A oposição parece haver despertado, após a revelação da revista Veja desta semana de que, com anuência e apoio da ministra Erenice Guerra, braço direito e substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil da Presidência da República, seu filho, Israel Guerra, virou lobista em Brasília, e faz intermediação de contratos milionários entre empresários e órgãos do governo mediante o pagamento de "taxa de sucesso", a sua empresa Capital Assessoria e Consultoria.
O presidente nacional do PSDB, senador Sergio Guerra (PE), pediu que a Procuradoria Geral da República abra investigação imediata. Estarrecido, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) pediu a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral no caso imediatamente.
O empresário Fabio Baracat, que estaria em Paris, divulgou nota assinada e datada em São Paulo, desmentindo que tenha feito a denúncia, mas o autor da reportagem, Diego Escosteguy, revelou em seu twitter que tem tudo gravado e que se necessário for a revista vai divulgar o áudio em seu site.
Baracat contou ainda à revista que precisou se livrar de caneta, relógio, celular, qualquer aparelho que pudesse embutir um gravador, antes da reunião com Erenice. O empresário contratou os préstimos da Capital Assessoria e Consultoria, e passou a pagar 25 000 reais mensais, sempre em dinheiro vivo, para que Israel fizesse avançar seus interesses em órgãos do estado.
Se os negócios de Baracat se ampliassem, seria paga uma "taxa de sucesso" de 6%. Houve outras reuniões com Erenice, inclusive depois que ela virou ministra. O lobby de Israel Guerra, o empresário obteve contratos no valor de R$ 84 milhões com os Correios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário