quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Requerimento polêmico ofusca a primeira noite de Nanau como Situação

O Dr. Nanau (à direita) senta pela primeira vez na bancada da Situação

A reunião da terça-feira 24, na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe tinha tudo para acabar em festa para a Situação. Afinal, pela primeira vez o Dr. Nanau sentaria junto com os governistas, o que de fato aconteceu. Entretanto, uma surpresa desagradável estava programada para o grupo. Terminados os discursos, e iniciada a leitura de projetos e requerimentos, quando a numerosa platéia que assistiu á reunião já tinha ido embora, entrou em votação um requerimento do vereador Afrânio Marques.

O documento propunha a convocação de uma reunião extraordinária nesta quinta, dia 26, com o objetivo de votar o projeto que anula as três votações que rejeitaram contas do ex-prefeito José Augusto. Resultado: o requerimento foi aprovado por 6 a 5, com o voto de empate e mais um de desempate do presidente da Câmara, vereador Fernando Aragão.

Entendendo a questão

A votação marcada para a reunião extraordinária desta quinta-feira deveria, na realidade, ter acontecido no dia 10 de agosto, mas um pedido de vistas do vereador Ernesto Maia protelou a votação para a reunião seguinte, 17 de agosto. Nesta data aconteceu mais um pedido de vistas, desta feita levado a cabo pelo vereador Deomedes Brito.

O processo só foi devolvido por Deomedes no limite do tempo regimentar, ou seja, no final da noite da terça (24). Como a próxima reunião ordinária só acontecerá no dia 31 de agosto, mesmo que o projeto fosse votado nesta data, dificilmente daria tempo da Câmara julgar as contas do ex-prefeito antes das eleições, marcadas para o dia 03 de outubro.

O grupo de Situação imaginava que o Presidente da Câmara daria pelo menos 30 dias de prazo para a defesa de José Augusto. Até que fosse feita a citação do ex-prefeito, mais alguns dias se passariam. Somados esses dias aos hipotéticos 30 dias do prazo de defesa, o período eleitoral já teria passado.

A manobra levada a cabo pela Oposição, convocando a reunião extraordinária, foi uma reação às manobras protelatórias dos governistas. Contudo, a entrada em cena do presidente da Câmara, votando duas vezes com a bancada adversária, abriu mais uma crise dentro do grupo Taboquinha, por enquanto de dimensões imprevisíveis.
Ao votar duas vezes com a Oposição, Fernando Aragão abre nova crise

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