Foram dias e dias reunindo provas que possam comprovar a mais grave denúncia do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) contra o rival, o governador Eduardo Campos (PSB): “cooptação eleitoral” de lideranças políticas. No caso, suposto uso da máquina para troca de obras por votos.
A ação, em que a coligação jarbista Pernambuco Pode Mais pede a cassação do registro da candidatura de Eduardo, foi protocolada, ontem, no Tribunal Regional Eleitoral. A representação é contra Eduardo e o vice-governador, João Lyra (PDT) – este também denunciado, pois, segundo o advogado da oposição, Lêucio Lemos, ele “é beneficiado direto dessa conduta do governador”.
“Reunimos muitas provas envolvendo prefeitos. A denúncia é consistente”, resumiu Lêucio, sem mencionar nomes de gestores municipais. Ele explicou que “prefeitos foram citados” nos autos, porém “não são objeto da ação porque não estão disputando eleição”.
Em entrevista ontem à noite, porém, Jarbas soltou que o processo inclui declarações à imprensa do prefeito de Araçoiaba, Severino Alexandre (PMDB). No dia 13, ele disse que decidiu apoiar Eduardo há dois meses, quando foi chamado pelo governador para “uma conversa reservada” no Palácio das Princesas.
Severino contou que ouviu de Eduardo três promessas: pavimentar um trecho de 18 quilômetros da PE-27, asfaltar o centro e construir uma Academia das Cidades. Na ocasião, Sobrinho relatou que “não teve escolha”. “Tive que aceitar”, disse, relatando que, no mesmo dia, o governador ordenou, por meio de um telefonema, a licitação da PE-27.
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